Transposição Congenitamente Corrigida

As cardiopatias congênitas apresentam prevalência de 3,7 a 8/1.000 nascidos vivos (4,8/1.000 na América Latina), 5% a 7% dos quais apresentam transposição dos grandes vasos, definida anatomicamente por concordância atrioventricular e discordância ventriculoarterial. A transposição dos grandes vasos é a principal causa de cardiopatia cianótica presente no período neonatal, e tem predominância no sexo masculino (60% a 70%). A transposição corrigida das grandes artérias (TCGA) caracteriza-se pela discordância atrioventricular e ventriculoarterial concomitantes, contando com prevalência aproximada de 0,5% a 1,4% de todas as cardiopatias congênitas. Está comumente associada a vários defeitos congênitos, bloqueio atrioventricular total e disfunção ventricular direita, o que limita a sobrevida desses pacientes, que em grande parte não ultrapassa os 50 anos de idade.
Essa condição pode cursar assintomática por vários anos em indivíduos sem cardiopatias associadas, podendo apresentar apenas eletrocardiograma (ECG) ou radiografia com alteração, pela posição não usual dos ventrículos e vasos. Com o tempo, o ventrículo sistêmico pode entrar em falência, em decorrência de sobrecarga de pressão, causando fadiga e dispnéia. O tratamento dessa condição depende da apresentação clínica e dos defeitos associados, podendo ir desde o tratamento clínico, com drogas (inibidores da enzima conversora da angiotensina, diuréticos, digital), até o tratamento cirúrgico paliativo (fisiológico) ou definitivo (anatômico), com a troca arterial.

Transposição Congenitamente Corrigida
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